
GOTA D’OURO
São as gotas do suor que caem dos corpos dobrados que regam o ressequido xisto que sustenta a negra cepa que se multiplica em vides de que pendem as uvas que destilam o mosto que se transforma em vinho fino que é servido em delicados cálices que num ápice são bebidos em requintados salões, longe do altar sacrificial, com total desprezo, por parte de quem o sorve, pela vítima imolada a quem todo o milagre se deve.
Que ao menos o poeta erga a palavra – a sua taça – em homenagem ao trabalhador duriense.
São as gotas do suor que caem dos corpos dobrados que regam o ressequido xisto que sustenta a negra cepa que se multiplica em vides de que pendem as uvas que destilam o mosto que se transforma em vinho fino que é servido em delicados cálices que num ápice são bebidos em requintados salões, longe do altar sacrificial, com total desprezo, por parte de quem o sorve, pela vítima imolada a quem todo o milagre se deve.
Que ao menos o poeta erga a palavra – a sua taça – em homenagem ao trabalhador duriense.
Gustavo de Almeida
2007