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OLHAR DE XISTO

Um olhar terno mas atento e preocupado de um filho de Tabuaço sobre a vida nesta terra e de todos os que aqui vivem, de todos os presentes e os ausentes que, mesmo à distância, a amam.

terça-feira, novembro 18, 2008







GOTA D’OURO

São as gotas do suor que caem dos corpos dobrados que regam o ressequido xisto que sustenta a negra cepa que se multiplica em vides de que pendem as uvas que destilam o mosto que se transforma em vinho fino que é servido em delicados cálices que num ápice são bebidos em requintados salões, longe do altar sacrificial, com total desprezo, por parte de quem o sorve, pela vítima imolada a quem todo o milagre se deve.
Que ao menos o poeta erga a palavra – a sua taça – em homenagem ao trabalhador duriense.



Em cacho



Gustavo de Almeida



2007



GOTA D’OURO

Da
Vide
A
Dádiva
Da
Vida
Pende

Gota
A
Gota
O
Suor
No
Xisto
Cai

Num
Cálice
Num
Ápice
O
Homem
Em
Mosto
Se
Esvai

davideadádivadavidapende
gotaagotaosuornoxistocai
numcálicenumápice
ohomememmosto
sees
vain
umá
picenumcálice
ohomememsuorseesvai



André Moa
Xisto

Um micaxisto

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